Portugal atingiu esta sexta-feira o número máximo de incêndios deflagrados este ano, com 121 ignições, anunciou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), apelando à população para ter especial cuidado face ao esperado agravamento do calor.
No briefing à comunicação social, realizado pelas 12:00 na sede do organismo, em Carnaxide, Oeiras, o comandante André Fernandes destacou que há três incêndios a gerar maior preocupação no combate às chamas, nomeadamente em Ourém (distrito de Santarém), Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança) e Vale da Pia (distrito de Leiria).
"Há um agravamento da situação, nomeadamente na região sul. Estamos a viver uma situação quase inédita do ponto de vista meteorológico. A situação vai-se manter e é proibido usar maquinaria nestes dias que se seguem para baixarmos o número de ignições, que têm vindo a aumentar", afirmou o responsável da ANEPC, destacando que as 121 ignições registadas "são o máximo deste ano".
Uma casa destruída no incêndio de Ourém
A situação no grande incêndio de Ourém esteve, durante a manhã deste sábado, mais calma, depois de uma noite complicada. No terreno continuam centenas de operacionais por precaução devido às altas temperaturas e ao vento.
Portugal continua em situação de alerta até ao dia 15 de julho. Nove distritos estão desde as 00:00 em alerta laranja devido ao risco de incêndio: Vila Real Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro.
A partir de domingo, mais seis distritos entram em alerta laranja, anunciou o Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes.
A grande maioria dos incêndios tem origem negligente. O comandante André Fernandes reforça que é importante estar atento e que qualquer descuido pode ser a causa para um novo incêndio.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) também colocou este sábado 16 distritos em aviso laranja devido ao calor, com a temperatura mais elevada prevista para Santarém, com 42 graus Celsius.