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Caso BES: Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho alvo de novas acusações

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Em causa estão o aumento de capital do BES, em 2014, e a gestão do BES Angola.

Os advogados de Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho garantem não terem sido notificados das duas novas acusações do Ministério Público. Uma está relacionada com o aumento de capital do Banco Espírito Santo (BES), feito em 2014, outra com a gestão do BES Angola.

A investigação que começou há mais de 11 anos e chegou agora ao fim. Há quatro meses, Álvaro Sobrinho foi chamado a um interrogatório, conduzido pelo juiz Carlos Alexandre, no âmbito deste processo. Ficou sujeito ao pagamento de uma caução de seis milhões de euros, a entregar os passaportes e ficou também proibido de se ausentar da zona Schengen.

Em comunicado, o Ministério Público revelava que estavam em causa suspeitas de burla qualificada, abuso de confiança e branqueamento pela apropriação ilegítima de mais de 340 milhões de euros. Valor que terá voado do BESA para várias contas offshore do banqueiro luso angolano.

Também Ricardo Salgado irá conhecer uma nova acusação, a terceira de que é alvo pelo DCIAP - depois da Operação Marquês e do processo principal à queda do BES/GES. O banqueiro é também arguido no caso EDP e no Monte Branco, que ainda estão sob investigação.

Neste inquérito, está em causa uma alegada burla com o aumento de capital do banco em mais de 1.000 milhões de euros, em 2014, que implicou perdas para os investidores que não sabiam o estado em que se encontrava o grupo. Ainda no início do ano, esta mesma situação levou já a CMVM a condenar Salgado e outros quatro ex-administradores do BES a multas de 2 ,7 milhões euros.

Contactados pela SIC, os advogados de Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho garantem que ainda não receberam nenhuma notificação do Ministério Público. Só depois disso, terá início o tempo das defesas.