Estado da Nação: a surpresa ficou para o fim, ministro da Cultura encerra debate
JOSÉ SENA GOULÃO/Lusa

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Estado da Nação: a surpresa ficou para o fim, ministro da Cultura encerra debate

Três meses e meio depois da tomada de posse, o Governo discutiu esta quarta-feira o Estado da Nação, no Parlamento. O debate iniciou-se com o discurso do primeiro-ministro e a surpresa aconteceu no final com a subida ao púlpito do ministro Pedro Adão e Silva para fazer o discurso de encerramento. Em geral, a temperatura do debate foi amena, mas a coordenadora do Bloco de Esquerda conseguiu irritar o chefe do Governo.

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Termina aqui o acompanhamento do debate do Estado da Nação, o primeiro da maioria absoluta do PS.

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Os dois anúncios de António Costa mas (só) para setembro

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O debate do Estado da Nação ficou marcado por dois anúncios do primeiro-ministro.

A estreia (difícil) do novo líder parlamentar do PSD nos confrontos com Costa

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No debate do Estado da Nação, António Costa acusou a nova liderança de Luís Montenegro de ser um regresso ao passismo puro e duro e deixou duras críticas às ideias de política fiscal do novo líder parlamentar do PSD.

O "folclore habitual"

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O líder do PSD, que assistiu ao debate no seu gabinete no Parlamento, deixou uma palavra de "felicitação à direção do grupo parlamentar, em especial ao Joaquim Sarmento pela forma como conduziu as suas intervenções".

"Houve uma grande diferença entre as intervenções do PSD e as do Governo. As do PSD centraram-se em conteúdo, em substância, preocupações que todos os dias os portugueses sentem nas suas vidas, na tentativa de esclarecermos junto do Governo quais os caminhos que vão ser percorridos para colmatar tantas preocupações que todos os dias os portugueses e as empresas sentem (...) e a isso o senhor primeiro-ministro decidiu responder com o folclore político habitual", criticou Luís Montenegro.

Outro episódio, que Montenegro classificou de "hilariante", foi o chefe do Executivo "apontar uma dessintonia no PSD. Quem diria que duas semanas e pouco depois da maior dessintonia de sempre de um Governo, entre o primeiro-ministro e um dos seus ministros mais políticos, havia o descaramento de levar o debate parlamentar para esse tipo de diversões que normalmente marcam as intervenções do primeiro-ministro".

Montenegro insistiu que "o essencial da nossa intervenção centrou-se nos elementos de empobrecimento do povo português e o PM a isso não respondeu".

O cumprimento especial a Santos Silva

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Se no início do debate, António Costa fez questão de ir cumprimentar o ex-líder do PSD, Rui Rio, quando o debate terminou, o primeiro-ministro voltou ao Hemiciclo para dar uma palavrinha e um cumprimento especial ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

A surpresa ficou para o fim

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Coube ao ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, fazer o discurso de encerramento do debate sobre o Estado da Nação, demarcando-se da direita política e acentuando que o Executivo atua sem procurar alimentar divisões.

"É um Governo que não alimenta divisões. Aliás, já passou o tempo em que se punham uns contra os outros, novos contra velhos, funcionários do setor privado contra funcionários públicos, tratando grupos de trabalhadores inteiros como bode expiatório", declarou Pedro Adão e Silva no encerramento do debate sobre o estado da nação na Assembleia da República.

"Não confundimos o mandato que temos para governar com um Governo enclausurado na sua própria maioria. É nossa missão unir e mobilizar as energias do país", sustentou Pedro Adão e Silva, salientando que perante o atual período histórico "cheio de adversidades", o Governo tem como missões, simultaneamente, "modernizar o país e proteger as pessoas".

"Não disfarçamos as dificuldades, mas também não as tememos. Já foi assim quando ninguém acreditava que fosse possível ter as contas certas, gerir os riscos do sistema financeiro e pôr o emprego a crescer. Já foi assim na pandemia, com determinação e serenidade. E foi assim também nestes últimos dias, face a uma vaga de incêndios de contornos preocupantes", exemplificou.

Este é um Governo "com energia reformista -- mas a medida de uma boa reforma não é o descontentamento social. Pelo contrário, uma boa reforma é aquela que resiste ao tempo e que não é revogada à primeira oportunidade. Para os problemas do país, é preciso ter respostas construídas passo a passo, com o empenhamento de todos. Essa é a nossa ideia de reformismo. Para problemas estruturais, soluções graduais e ação concreta", frisou.

O ministro da Cultura advertiu também que o compromisso do Executivo não é apenas com o tempo curto, já que o "horizonte de ação é 2026".

Perante os protestos da bancada do Chega, Pedro Adão e Silva disparou: "Eu sei que os senhores vivem desconfortáveis por a democracia ter 50 anos, é da vida".

"Temos hoje um Portugal muito mais moderno, com mais inclusão social, com gerações mais novas muito mais qualificadas, um país muito mais inserido no contexto europeu e internacional. Já percorremos um longo caminho", mas, admitiu, #"Portugal ainda precisa de convergir com os países mais avançados da Europa, de ser mais competitivo e mais inovador".

Como desafios, apontou também a dignificação o trabalho, a valorização das qualificações, uma melhor proteção dos mais idosos e maior coesão territorial.

"Da nossa parte, temos a energia necessária para fazer face às dificuldades e a vontade essencial para conduzir as mudanças de que o país precisa. Mas a maioria de diálogo conta com todos", concluiu.

O anúncio do ministro do Ambiente

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O ministro Duarte Cordeiro interveio no debate sobre o Estado da Nação reconhecendo que a seca que o país atravessa é "severa e estrutural".

Sustentando que as elevadas temperaturas potenciaram os incêndios, o ministro do Ambiente insistiu na poupança e reutilização da água, dando conta de que amanhã, em Conselho de Ministros, o Governo vai facilitar "o licenciamento e o uso da água reciclada".

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"Estão todos os problemas resolvidos? Claro que não"

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A pergunta foi lançada e respondida pelo próprio primeiro-ministro.

"Há muitos problemas por resolver e é para isso que aqui estamos: é para continuar a resolver, um a um, a resolver cada um dos problemas. É isso que temos feito, é isso que estamos a fazer, e é isso que continuaremos a fazer", acrescentou, na polémica resposta geral a 17 deputados.

Os temas e tensões da 1.ª ronda e a mesma resposta de Costa na 2.ª ronda

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Lusa

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Na primeira ronda de perguntas ao primeiro-ministro, houve um pouco de tudo. Momentos mais animados, tensos, críticas (muitas) e um leque variado de temas, entre os quais SNS e incêndios.

Na segunda ronda, 17 foram as perguntas colocadas por deputados de todos os grupos parlamentares e às quais António Costa respondeu em pouco mais de um minuto para.

Após ter ouvido, durante mais de 47 minutos, questões sobre a gestão das florestas, dos aeroportos, sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a Agenda do Trabalho Digno ou as consequências da guerra na Ucrânia, Costa justificou ter "mesmo muito pouco tempo" - apesar de o Governo ainda ter 10 minutos - e de querer centrar-se "numa resposta fundamental".

Aquilo que divide o Governo da oposição "não é reconhecer se há ou não há problemas, se há ou não há problemas nos aeroportos, se há ou não há problemas no SNS, se há ou não há problemas nos incêndios florestais".

O líder parlamentar do Chega deu conta e atacou: "Responder a 17 pedidos de esclarecimento, ao mesmo tempo, é quase antidemocrático. Mas já estamos habitados que PS e primeiro-ministro façam isso", contestou Pedro Pinto.