País

PSD acusa Governo de "enorme desgaste e descoordenação" e PS defende Costa, o "timoneiro"

Eurico Brilhante Dias e Joaquim Miranda Sarmento frente-a-frente no dia em que se debate o Estado da Nação.

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O Governo discute esta quarta-feira o Estado da Nação, no Parlamento. Num frente-a-frente entre os líderes dos vários partidos, na SIC Notícias, Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, e Joaquim Miranda Sarmento, novo líder parlamentar do PSD, debateram-se sobre o Estado da Nação e o "Estado do Governo".

Referindo-se aos últimos três meses e meio, desde que o Governo tomou posse, Joaquim Miranda Sarmento começou por dizer que se assiste "a um enorme desgaste do Executivo, descoordenação, um enorme conflito entre um ministro e um primeiro-ministro num episódio muito pouco edificante, e uma incapacidade do Governo de tomar as decisões para resolver os problemas estruturais do país e para resolver os problemas do dia-a-dia dos portugueses".

Na sua estreia absoluta, o deputado do PSD disse ainda que, perante os incêndios que o país enfrenta, o primeiro-ministro fala em "problema estrutural", mas que, "quando se fala em reformas estruturais, diz que tem urticária à palavra e não é capaz de fazer as reformas que os graves problemas estruturais do país obrigam".

Questionado sobre o facto de a oposição considerar que, poucos meses depois da tomada de posse, o Governo está em "desgaste", Eurico Brilhante Dias esquivou-se dizendo que "isto é o Estado da Nação, não é o Estado do Governo".

"Os portugueses confiaram no Partido Socialista, numa maioria absoluta, para governar quatro anos e meio, não para governar quatro meses. E aquilo que faz um primeiro-ministro é: quando tem problemas, resolve os problemas", afirmou, acrescentando que essa é a razão pela qual o PS "teve maioria absoluta".

"O Partido Socialista governou a partir de 2016, fim de 2015, mas governou em momentos muito difíceis na pandemia e teve um homem ao leme, teve um timoneiro, teve um piloto, que foi António Costa", justificou.

"Esta avaliação feita ao fim de quatro meses é uma avaliação de casos e casinhos e não da política profunda que tem impacto na vida real dos portugueses", o que parece injusto ao líder parlamentar do PS.