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Hospital de Braga encerra urgências de obstetrícia pela nona vez

Até às 08:00 de segunda-feira, as grávidas são encaminhadas para Famalicão, Guimarães e Viana do Castelo.

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Os constrangimentos nas urgências de ginecologia e obstetrícia prolongaram-se durante todo o fim de semana. Em Braga já é a nona vez que o serviço encerra. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) diz que a situação poderá repetir-se em dias consecutivos.

É o nono encerramento desde junho nas urgências de obstetrícia do hospital de Braga. Por ano, esta unidade ano faz 2.500 partos e atende 15 mil grávidas. Até às 08:00 de segunda-feira, as parturientes terão de ser encaminhadas para Famalicão, Guimarães e Viana do Castelo.

Hugo Cadavez, representante do SIM na região Norte, destaca que "já saíram dez médicos obstetras, não só por aposentação, mas também por rescisão de contrato". Das quatro vagas abertas no recente concurso, só dois obstetras ficaram no hospital. A falta de médicos para completar as escalas tem provocado constrangimentos durante todo o fim de semana.

Nos serviços de ginecologia e obstetrícia de vários hospitais do país, por períodos, mais ou menos prolongados – Portimão, Beja, Montijo/Barreiro, Setúbal, São Francisco Xavier (em Lisboa), Abrantes, Aveiro – e a situação pode arrastar-se durante todo o verão.

A ministra da Saúde admitiu que as contingências eram esperadas e afirmou estar a trabalhar na carreira médica e valorização do trabalho dos enfermeiros. Por agora, anunciou o aumento do valor das horas extraordinárias pagas aos médicos do quadro.

A Federação Nacional dos Médicos tinha pedido Presidente da República que enviasse para o Tribunal Constitucional o diploma sobre a remuneração do trabalho suplementar em serviço de urgência. No entanto, o diploma foi promulgado este domingo.

  • Jornalistas: Elsa Gonçalves
  • Repórteres de Imagem: Paulo Gamito