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André Ventura vai apresentar moção de confiança após críticas de Mithá

O líder do Chega garante que "não está agarrado ao poder" mas admite que há "questões de natureza mais fundo" que têm de ser esclarecidas.

André Ventura vai apresentar moção de confiança após críticas de Mithá
TIAGO PETINGA

À margem da Academia de verão do Chega em Loulé, o presidente do Chega falou aos jornalistas sobre as declarações críticas feitas pelo ex-vice-presidente do partido, Gabriel Mithá Ribeiro.

Da primeira rentrée do Chega depois de ascender a terceira força política parlamentar seria de esperar um discurso galvanizador. Mas André Ventura acabou por sair do Algarve a admitir que tem um problema.

No regresso de férias, anuncia uma moção de confiança interna à linha que tem seguido como líder, em resposta às críticas que ouviu nos últimos dias.

Apesar de garantir que quer o partido, quer o grupo parlamentar estão unidos, André Ventura disse que têm de existir "regras é como uma equipa de futebol, tem de ter um treinador".

"A informação que temos é que o grupo está unido. (...) A nossa unidade, dado que dou como garantido, não é indiferente e eu não sou indiferente ao facto do que foi dito e o episódio que ocorreu, bem como outras críticas de autarcas do Chega, não sou indiferente a esse fenómeno. E é evidente que há hoje no partido uma fação que penso ser minoritária, que entende que o nosso estilo de oposição tem sido agressivo demais, talvez outros quisessem ter outro tipo de oposição".

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Nesse sentido e porque, disse André Ventura, "não gosto de fingir que não há questões, isto não é o PCP, informei o presidente da Mesa [do partido] de que pretendo apresentar uma moção de confiança ao partido a marcar de forma urgente, em que todos possam participar, para definir se este é o caminho que querem e que nos trouxe até aqui ou se acham que há outra forma".