
Só durante este mês, o Centro Hospitalar do Médio Tejo - que reúne os hospitais de Torres Novas, Abrantes e Tomar - perdeu praticamente metade da equipa de cardiologia. Três médicos desta especialidade demitiram-se. A administração garante que, mesmo assim, a assistência aos doentes urgentes não está em causa.
O desafio para comandar o serviço de Cardiologia no Centro Hospitalar do Médio Tejo surgiu há dois anos e, esta sexta-feira, David Durão bateu com a porta.
Depois de ter sido demitido, na semana passada, do cargo pela administração por falhas nas escalas de urgência, o médico resolveu deixar o centro hospitalar e entregou a carta de rescisão.
Quando David Durão chegou ao hospital, a equipa de cardiologia, que tinha três médicos, foi reforçada com quatro. O projeto de trabalho apresentado na altura, e aprovado pela administração, teve resultados.
Com três demissões só este mês, o serviço de cardiologia do Médio Tejo tem agora quatro clínicos em funções. Como todos têm mais de 55 anos, nenhum entra nas escalas de urgências.
O diretor interino de serviço está dependente apenas de prestadores de serviços externos, ou seja, médicos tarefeiros que nem sempre estão disponíveis.
Mas a administração do centro hospitalar continua a garantir à SIC que a assistência aos doentes urgentes está assegurada, com recurso a médicos de outras especialidades e o encaminhamento de doentes para Lisboa, a 150 quilómetros e hora e meia de viagem.