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O "erro incompreensível e contraproducente" de Costa, segundo Ana Gomes

A antiga eurodeputada saiu em defesa do vice-presidente do PSD que foi alvo de duras críticas proferidas por António Costa.

O "erro incompreensível e contraproducente" de Costa, segundo Ana Gomes

No Twitter, a antiga eurodeputada socialista considera “incompreensível” que o primeiro-ministro tenha errado ao dizer que Paulo Rangel não podia pedir um debate com a presença do chefe do Governo no Parlamento, por não ser deputado. Pois que, diz Ana Gomes, Costa está equivocado e mais: errou.

“Com que então Paulo Rangel “não é sequer deputado”??? É, sim. É deputado ao Parlamento Europeu. Com direitos/deveres de escrutínio democrático das autoridades nacionais e europeias. É incompreensível e contraproducente este erro acintoso”, escreveu no twitter.

O que se passou, afinal, entre Costa e Rangel? Durante o fim de semana, e depois do anúncio de que Portugal, Espanha e França chegaram a acordo sobre um "corredor de Energia Verde", por mar, entre Barcelona e Marselha (BarMar) em detrimento de uma travessia pelos Pirenéus (MidCat), o social-democrata veio a público exige ao primeiro-ministro que revele os detalhes desse acordo porque, na opinião de Paulo Rangel, esse entendimento prejudica o interesse nacional.

"Quando o Primeiro-Ministro tentou explicar o novo acordo, percebemos que o Acordo anunciado entre o Presidente francês e os Primeiros-Ministros Espanhol e Português prejudica o interesse nacional, é um mau acordo, e António Costa nunca o deveria ter aceitado", disse numa declaração na sede nacional do PSD, em Lisboa.

No dia seguinte, questionado à saída de uma conferência no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), António Costa disse estar “absolutamente perplexo” com o que ouviu ao longo do fim de semana pelo PSD e por “pessoas que tinham a obrigação de ser minimamente informadas sobre este acordo. O PSD não me surpreende propriamente, porque há 15 anos foi contra as energias renováveis e ainda há cinco anos era contra o hidrogénio verde e, portanto, é natural que esteja contra a existência de um corredor verde para a energia”.