Os moradores cujas casas foram demolidas num bairro na Trafaria, em Almada, estão insatisfeitos com os realojamentos. Há pessoas que dizem ter sido colocadas em casas sem condições de habitabilidade, sem luz e sem gás. A líder do Bloco de Esquerda visitou o bairro e responsabiliza a Câmara de Almada por toda a situação.
Sebastião Tomás permanece no bairro do Segundo Torrão, apesar do quarto onde vivia ter sido demolido. Não foi incluído no processo de realojamento e, por isso, tem-se mantido debaixo de um dos poucos tetos que ainda resiste no bairro.
A 30 de setembro, a Câmara de Almada iniciou um processo de demolição de casas no Segundo Torrão por estarem construídas sobre um canal de escoamento de águas pluviais em risco de colapsar. Uma das zonas da vala acabou mesmo por desabar recentemente.
No bairro continuam as famílias que colocaram providências cautelares a exigir o fim das demolições.
Os restantes moradores foram realojados, mas também não estão satisfeitos com a situação.
A líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que visitou pela primeira vez o bairro, responsabiliza a autarquia pela situação.
Em resposta à SIC, a Câmara Municipal de Almada diz que, em certos alojamentos, a autarquia tratou apenas da formalização dos contratos e inscrição dos moradores no Programa Porta de entrada, através do qual a renda é subsidiada. Adianta ainda que, nesses casos, as ligações e contratos com operadores de energia são responsabilidade dos inquilinos e que desconhece qualquer problema nesse sentido.