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Pedro Nuno Santos não comenta acusação de Miguel Alves

Pedro Nuno Santos não comenta acusação de Miguel Alves
TIAGO PETINGA

O ministro das Infraestruturas recusou-se a fazer comentários sobre a permanência do secretário de Estado no Governo.

Pedro Nuno Santos recusa-se a falar sobre os casos de justiça que envolvem o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves. Quando questionado pelos jornalistas, Pedro Nuno Santos disse não querer “fazer mais nenhum comentário”.

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Esta quarta-feira, na SIC Notícias, o vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Pedro Delgado Alves, admitiu que o secretário de Estado está politicamente fragilizado com os casos de justiça de que é alvo. No entanto recusa outras “ilações” ou “conclusões”.

“É um caso que de facto fragiliza, mas daí a tirarmos outras ilações ou até fazer a conclusão – que eu acho que se tem visto nos últimos dias – sobre casos destes automaticamente terem de gerar um afastamento, é que eu acho que já é – não digo perigoso – arriscado”.

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Miguel Alves foi acusado pelo Ministério Público do crime prevaricação no âmbito da Operação Teia. Segundo o Observador, no centro da investigação está a sociedade Mit — Make it Happen, Lda. que realizou contratos com a Câmara de Caminha entre abril de 2015 e julho de 2016.

Segundo o Observador, há a “suspeita de que o grupo empresarial de Manuela Couto, que tinha outras sociedades ligadas à comunicação, clipping e marketing, terá tido outras relações contratuais” com a autarquia de Caminha que à data era “liderada por Miguel Alves entre setembro de 2013 e setembro de 2022”.

Os processos em que Miguel Alves é arguido

Desde 2019 que Miguel Alves está na lista de arguidos da Operação Éter, em que à volta de Melchior Moreira, ex-presidente do Turismo do Porto e do Norte, o Ministério Público investiga contratos ilícitos e crimes de corrupção e abuso de poder com autarcas socialistas.

Isto era público quando o primeiro-ministro chamou Miguel Alves, em setembro, para secretário de Estado Adjunto.

O então presidente da Câmara de Caminha é também visado na Operação Teia. Em causa ajustes diretos na compra de sistemas informáticos por autarquias do Norte estão na base das suspeitas de corrupção.