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Videojogos e apostas online: os perigos que esta "dependência" está a gerar nos jovens

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Revela estudo da Universidade do Porto que envolveu um universo de 500 jovens.

Está a aumentar o número de jovens dependentes de videojogos e das apostas online em Portugal. A ansiedade e o isolamento são os principais causas apontadas pelos especialistas, que apelam ao reforço da supervisão dos pais.

A Universidade do Porto chegou à conclusão que 24% dos jovens portugueses dedicam duas ou mais horas por dia a jogar videojogos.

Um outro estudo do projeto “Geração Cordão”, que envolveu 500 jovens que jogam online, mostra que 60% não tem qualquer atividade física ou lúdica. Os especialistas responsabilizam os pais por estas situações e deixam alertas.

"Quando não há supervisão parental adequada temos jovens que estão mais dependentes da tecnologia. (...) Usem mas não abusem, é esse o lema.", defende Ivone Patrão, psicóloga e fundadora deste projeto.

A especialista acrescenta que o “mundo online” passou a ser a atividade principal da grande maioria dos jovens. Esse facto pode levar a problemas escolares, sociais e familiares.

"Acontece os jovens dizerem-nos que usam a tecnologia quando estão a comer nas refeições, ou então que saltam refeições e deixam de as fazer com a família."

Muitos menores de idade apostam online

10% dos jovens dos 12 aos 18 anos que fazem parte deste universo afirmam que fazem apostas online com regularidade.

O estudo mostra ainda que 90% dos jovens adormecem a usar tecnologia e que muitos ultrapassam o tempo saudável à frente de um ecrã, que segundo a Organização Mundial de Saúde entre os 2 e os 5 anos, pode ser de uma hora diária.

Dos 5 aos 10 três horas, e a partir dos 10 o máximo aconselhado é de 6 horas.