A Câmara de Lisboa apresentou este sábado o Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo, com a instalação de sirenes na Praça do Império e na Ribeira das Naus e a definição de percursos de evacuação.
"O fenómeno das alterações climáticas impõe-nos hoje uma urgência acrescida em preparar Lisboa para maiores ocorrências ou catástrofes, como os tsunamis", afirmou o vereador da Proteção Civil, Ângelo Pereira (PSD), na apresentação do projeto, que decorreu no Museu de Arte Popular, onde foi realizado um exercício de evacuação, com o acionamento de um sinal sonoro.
O projeto inclui a instalação de um sistema de aviso à população, com duas sirenes e dois painéis informativos digitais na Praça do Império e na Ribeira das Naus, e de sinalética vertical de evacuação de emergência (percursos de evacuação e pontos de encontro), a que se juntam a realização de ações de sensibilização e informação pública sobre o risco de tsunami na cidade.
"Lisboa está já a preparar-se para este risco", assegurou o vereador Ângelo Pereira, referindo que, além do fenómeno das alterações climáticas, a história e a geografia da cidade determinam a "possibilidade real da ocorrência de sismos, com tsunamis a eles associados, um risco que é ainda exponenciado pela grande frente ribeirinha".
Por se considerar que "todo o cuidado é pouco", a Câmara de Lisboa, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, testou hoje o dispositivo de sirenes de avisos de tsunami, integrado no Sistema de Aviso e Alerta de Tsunami no Estuário do Tejo, que pretende tornar a cidade "mais resiliente e mais preparada" relativamente à ocorrência destes desastres naturais.
"Além disso, iremos começar várias ações de esclarecimento do público, com uma campanha de esclarecimento em escolas e com divulgação de conteúdos para sensibilização e informação dos cidadãos", indicou o vereador da Proteção Civil, reforçando que a prevenção de tsunamis é uma das grandes preocupações do concelho em matéria de segurança das pessoas.
A faixa ribeirinha de Lisboa encontra-se exposta aos efeitos de um tsunami, em especial a zona entre Belém e Santa Apolónia, onde o índice de perigosidade de inundação por tsunami é "extremo" num cenário de sismo de magnitude de 8,75 graus na escala de Richter, segundo dados apresenta