O hospital Beatriz Ângelo, em Loures, é a unidade da região de Lisboa onde os doentes esperam mais tempo para serem atendidos. Nos restantes hospitais da capital, a afluência ao serviço de urgência mantém-se alta, à semelhança do que acontece no resto do país. Marcelo Rebelo de Sousa quer visitar os hospitais
Durante a manhã, eram muitos os pacientes que aguardavam nas salas de esperas do hospital Beatriz Ângelo. Nessa altura, ainda não tinha sido pedido ao INEM para desviar os doentes mais críticos para outros hospitais.
O pedido foi feito já perto da hora do almoço, quando os doentes com pulseira amarela esperavam mais de 18 horas por médico.
O hospital de Santa Maria é o recurso para doentes desviados de outros hospitais da região. Depois de vários dias com excesso de atendimentos, esta quarta-feira a urgência esteve mais calma. A meio da tarde desta quarta-feira havia 20 doentes com pulseira amarela e a espera rondava as três horas.
No hospital de São José, outro hospital de fim de linha da região de Lisboa, o dia também esteve relativamente calmo. Até às 16:00 foram atendidos 261 doentes – um valor dentro da média da época de infeções respiratórias de inverno.
No Porto, a urgência geral do hospital de São João continua a receber em média 500 utentes por dia. Um número ligeiramente abaixo em relação ao registado no mês passado. No entanto, os doentes chegam agora a precisar de mais cuidados.
Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que pretende visitar os hospitais, desde que "isso não prejudique os serviços de saúde”. O Presidente da República deixou ainda um agradecimento aos profissionais de saúde.
Nos próximos dias, as temperatura deverão continuar baixas, contribuindo para a proliferação das infeções respiratórias que atacam sobretudo idosos e doentes crónicos – os pacientes que habitualmente mais precisam de cuidados médicos. Os hospitais esperam maior pressão nas próximas semanas