Do dia 7 de dezembro ficam as histórias de quem escapou à força das águas. As de Nuno Sobral e dos vizinhos António e Odete são duas delas.
Nuno é paraplégico e recorda os minutos de pânico, sozinho em casa, em Algés, quando a água começou a entrar: “Foi avassalador. Parecia um tsunami. Estava dentro de casa e começa a subir o nível da água. (…) Quando abro a porta foi tipo uma onda a entrar dentro da minha casa”.
Perante aquele cenário, Nuno, que vive numa casa que tem primeiro andar, com a força dos braços conseguiu subir as escadas. Perdeu quase tudo com a inundação e são os amigos e familiares que o estão a ajudar nas limpezas.
O mesmo aconteceu na casa de António e Odete, vizinhos de Nuno, que contam que até a “cama andou a boiar”. Em Algés são muitas as habitações em caves e subcaves onde a água entrou numa questão de minutos e que ficaram praticamente submersa.
Os estragos da maior chuvada dos últimos oito anos na região de Lisboa estão ainda por contabilizar. Em vários estabelecimentos o recomeço é ainda uma incógnita.
A Câmara de Oeiras anunciou a criação de um fundo para apoiar os afetados pelas inundações, sobretudo na região de Algés.