O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, foi acusado esta quinta-feira de corrupção no processo EDP. Mas não é o único. O Ministério Público avança com mais dois nomes para o mesmo crime: Ricardo Salgado e Alexandra Pinho.
Manuel Pinho foi acusado de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Já o antigo banqueiro, Ricardo Salgado, está a ser acusado pelo Ministério Público de corrupção ativa e de branqueamento de capitais.
O ex-ministro da Economia e o antigo banqueiro também estão acusados de fraude fiscal e de branqueamento de capitais por um alegado pacto para favorecer interesses do Grupo Espírito Santo.
A mulher de Manuel Pinho é a terceira arguida acusada no processo e o Ministério Público aponta-lhe o crime de branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Manuel Pinho é acusado cinco anos depois de ter sido arguido.
Segundo a investigação, o antigo ministro da Economia teria um pacto corruptivo com o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), através do qual teria recebido cerca de cinco milhões de euros para, alegadamente, favorecer os interesses do BES (que era então acionista da EDP), onde havia trabalhado antes de entrar para o governo.
No caso EDP, relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), os antigos gestores António Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção do contrato das rendas excessivas, no qual, segundo o MP, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade.