Os exames nacionais vão passar a ser requisito necessário para o acesso ao ensino superior e deixarão de ser obrigatórios para a conclusão do ensino secundário. Governo e parceiros do sector estão a negociar o novo modelo de acesso ao superior, que começará a entrar em vigor no próximo ano letivo e que deverá incluir três exames nacionais, um deles a Português.
De acordo com a imprensa desta manhã, as notas do secundário que até agora tinham um peso de 50% para o acesso ao ensino superior, passarão a ter um mínimo de 35%. Por outro lado, será dado mais peso aos exames nacionais, uma forma de evitar a disparidade de notas que se tem verificado entre estabelecimentos de ensino, nomeadamente entre o setor privado e estatal.
Para os estudantes que não pretendem prosseguir os estudos, deixa de ser necessário realizar exames para concluir o secundário, à semelhança do que tem vindo a acontecer desde o início da pandemia e que se deverá manter-se neste ano letivo.
Anteriormente, havia quatro exames nacionais que eram obrigatórios, sendo que nos últimos anos tem sido apenas exigido a realização das provas específicas para os curso pretendidos.
No novo modelo, ainda em estudo e que deverá entrar em vigor no próximo ano letivo, o número de provas necessárias para prosseguir os estudos deverá ser de três, sendo uma delas a Português e outro a uma disciplina da da componente de formação específica da respetiva via do ensino secundário.
O novo modelo de acesso prevê também que seja incluída uma percentagem para o acesso dos alunos de famílias com rendimentos mais reduzidos. "Uma vaga por curso para alunos pobres em equação", refere o jornal Público.
As novas regras deverão ser conhecidas ainda neste mês e entrarão em vigor de forma gradual em 2024 e 2025.