A CEO da TAP está, esta quarta-feira, no Parlamento a responder às dúvidas dos deputados sobre a saída de Alexandra Reis e a indemnização de 500 mil euros que recebeu. Tendo por base as declarações já prestadas por Christine Ourmières-Widener, o CDS-PP já veio a público dizer que “não tem condições para se manter” no cargo.
“O CDS-PP considera que Christine Ourmières-Widener, com base nas declarações hoje prestadas no Parlamento, não tem condições para se manter na presidência do Conselho de Administração da TAP e deve apresentar de imediato a sua demissão, independentemente da incapacidade demonstrada pelo ministério das Finanças e de factos por apurar da responsabilidade do ministro Fernando Medina”, lê-se no comunicado enviado à SIC Notícias.
O partido liderado por Nuno Melo sustenta que a CEO da TAP, “empresa que já absorveu 3,2 mil milhões de impostos dos contribuintes, não tem condições para continuar a exercer as suas funções por violação grave de três procedimentos legais aplicáveis”.
Em primeiro lugar, o CDS refere que a indemnização de 500 mil euros foi paga à ex-secretária de Estado do Tesouro “sem a necessária autorização do Ministério das Finanças, quando tal autorização era obrigatória por lei”.
Além disso, “o montante atribuído a título de indemnização violou o Estatuto do Gestor Público”, por exceder “largamente os limites legais previstos”.
Em terceiro, e último lugar, o CDS diz que “o Conselho de Administração da TAP prestou informações erradas à CMVM quando comunicou que Alexandra Reis tinha simplesmente renunciado ao cargo da gestora quando, na realidade, se tratou de um afastamento por incompatibilidades de gestão”.
“Para além de múltiplas decisões que mostram que o Conselho de Administração da TAP funciona à margem da realidade dopaís e dos sacrifícios que exige aos próprios funcionários, é inaceitável que a presidente do Conselho de Administração viole a lei, falte à verdade, não obtenha autorizações prévias necessárias ou omita informações obrigatórias da tutela e se mantenha em funções”, acusa o partido.
O CDS recorda ainda que após pedir a demissão de Ale