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Fernando Araújo diz que é preciso "evitar qualquer encerramento" de maternidades públicas

Fernando Araújo diz que é preciso "evitar qualquer encerramento" de maternidades públicas
RODRIGO ANTUNES

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde explica que, nas regiões do interior, o encerramento podem deixar as grávidas a mais de uma hora de distância de um bloco de partos,

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) considera que é preciso “evitar qualquer encerramento” das maternidades públicas. Em entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, Fernando Araújo explica que em algumas zonas do país as grávidas podem ser prejudicadas por causa da distância a que ficam das maternidades.

Fernando Araújo sublinha lembra que “a comissão tinha proposto encerrar seis unidades”, com o objetivo de “poupar recursos para as restantes funcionarem”, lembra. No entanto, reconhece que o encerramento de maternidades poderá ter um “impacto negativo”, principalmente na Beira Interior.

“O problema é maternidades grandes como Lisboa, Barreiro, Montijo ou Vila Franca de Xira que têm quase 1500 partos cada uma. São locais de enorme procura, acesso, formação e, portanto, custa-nos imenso limitar esses locais. No caso da Beira Interior, estamos a falar de locais que podem significar que as grávidas fiquem a mais de uma hora – em alguns casos duas horas – de um bloco de partos”, afirma o CEO do SNS, sublinhando que, no interior, “o impacto negativo, apesar de ser em números mais pequenos é muito relevante”.

Além das maternidades, Fernando Araújo defendeu um novo modelo para as urgências, com equipas dedicadas e pagamento diferenciado das horas extra, de acordo com a localização, a hora e o dia da semana.

“As equipas dedicadas também nos ajudam a responder a alguns dos requisitos que estão em cima da mesa”, afirma.

A majoração das “horas extra vs prestação de serviços” tem como objetivo “fixar profissionais de saúde no SNS”, explica Fernando Araújo durante a entrevista.