País

Ameaças ao Presidente da República: detido suspeito de enviar carta com bala para o Palácio de Belém

O homem, que tem antecedentes criminais, terá enviado uma carta com bala e p pedido de um milhão de euros.

Ameaças ao Presidente da República: detido suspeito de enviar carta com bala para o Palácio de Belém
TIAGO PETINGA/Lusa

A Polícia Judiciária deteve um homem suspeito de ameaçar o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em outubro de 2022, segundo confirmou o Ministério Público.

O homem terá enviado uma carta com uma bala lá dentro, um telemóvel e um pedido de um milhão de euros, que deveria ser enviado para uma conta bancária discriminada na missiva.

O autor ameaçava que caso esse pagamento não fosse feito seria disparada uma bala contra Marcelo Rebelo de Sousa.

A carta foi enviada para a PJ, que abriu uma investigação, que culminou agora com a detenção do suspeito.

“Uma aturada investigação por parte da Unidade Nacional Contra Terrorismo, permitiu chegar à identificação do presumível autor da prática dos mencionados crimes, tendo nesta data sido realizada uma busca à residência deste, e a apreensão de vários elementos de prova”, adiantou o DIAP de Lisboa através de um comunicado.

O homem é suspeito dos crimes de coação agravada, extorsão na forma tentada e detenção de arma proibida.

Será agora sujeito a primeiro interrogatório judicial, no qual serão decididas as medidas de doação.

A reação de Marcelo Rebelo de Sousa à detenção

Na reação, o chefe de Estado admitiu que desvalorizou a situação e que não acompanhou com detalhe o processo que conduziu à detenção desta terça-feira.

Loading...

Marcelo revelou, no entanto, que as ameaças de que foi alvo foram mais intensas durante os grandes fogos florestais.

"O período de maior intensidade de ameaças foi talvez em 2017, na altura dos fogos (...) Vim a saber mais tarde, mas não vi a carta. Pedia uma quantia avultada. Aliás, eu não teria um milhão de euros", adiantou aos jornalistas.

Marcelo desvalorizou a situação na altura

Na altura, o Presidente da República desvalorizou a situação, dizendo que tinha recebido mais "ameaças" quando tinha um programa de televisão na RTP e na TVI, do que em Belém.

"Quem anda nesta vida e eu já ando há 30 anos tem disto enfim às dezenas (...). Acontece eu não dou grande importância", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo disse ainda que este tipo de situações acontece espaçadamente, nunca se tendo confirmado qualquer gravidade.

"Isto acontece espaçadamente nunca se veio a confirmar qualquer gravidade da situação. Normalmente há o caso da perturbação ou nem é possível investigar o que se trata porque são cartas anónimas e, portanto, aqui também não porque estava fora. Estando fora os serviços entenderam comunicar à Polícia Judiciária", afirmou.