O ministro do Ambiente e da Ação Climática reagiu a uma nova denúncia sobre as suspeitas de corrupção na Câmara Municipal de Lisboa, segundo a qual estaria envolvido no esquema. Duarte Cordeiro afirma que a notícia publicada, esta terça-feira, pelo Correio da Manhã procura "denegrir" a sua imagem.
Num comunicado enviado às redações, o ministro afirma que o jornal dá “cobertura a uma denúncia, da qual se desconhece o autor ou qualquer facto identificado”.
“Não me deixarei intimidar com esta notícia”, afirma.
Duarte Cordeiro defende que não se pode "tolerar um ambiente no qual se credibilizem denúncias feitas de forma profissional, com claro interesse partidário, e que se desconhece se estão suportadas em algum tipo de evidência”. Espera ainda que o Ministério Público “seja rápido e claro a lidar com estas denúncias”, mostrando-se disponível para prestar esclarecimentos às autoridades
O atual ministro acusa ainda o Correio da Manhã de ser “particularmente seletivo” perante as respostas dadas pelo ministro às questões dos jornalistas. Por essa razão, decidiu partilhar “de forma integral” as respostas que enviou ao jornal.
Nas respostas, o ministro terá afirmado que “o trabalho de Joaquim Morão na Câmara Municipal de Lisboa não estava relacionado” com as áreas de competência que detinha à época, admitindo poder “ter estado com ele enquanto desempenhou as funções para as quais foi contratado”.
Garante ainda não se recordar de qualquer conversa com Joaquim Morão, enquanto presidente do PS - Federação da Área Urbana de Lisboa. Afirma desconhecer “a existência de qualquer investigação" que o envolva e acrescenta que nunca foi “chamado a prestar qualquer depoimento”.
O Correio da Manhã noticia, esta terça-feira, que Duarte Cordeiro e Fernando Medina, atual ministro das Finanças e antigo presidente da Câmara de Lisboa, terão sido mencionados em “novas denúncias” sobre o alegado caso de corrupção na Câmara Municipal de Lisboa. As “novas denúncias” avançam que Joaquim Morão terá usado uma avença, atribuída por Fernando Medina (enquanto autarca), para angariar dinheiro para o PS.
A Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara de Lisboa na semana passada. Três sociedades e os respetivos representantes legais foram constituídos arguidos por “suspeitas de corrupção, participação económica em negócios e falsificação”, numa nomeação para “prestação de serviços que foi assinada em 2015”.