O Presidente da República explica que não será ele a receber os sindicatos esta tarde no palácio de Belém, porque não quer intrometer-se no processo negocial em cursos entre sindicatos e o Ministério da Educação.
“Nesta fase, devem ser os consultores a ouvir os pontos de vista reivindicativos dos professores, hoje uma parte dos sindicatos, no sábado outro sindicato, para assim poder ter uma ideia geral das convergências, das divergências, daquilo que são os pontos fundamentais que prosseguem”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.
A posição do Ministério da Educação "é muito importante para perceber se há aproximação de pontos de vista". Mas o diálogo deve manter-se entre Governo e sindicatos dos professores.
“O diálogo deve manter-se permanentemente entre o Governo e os sindicatos, os sindicatos e o Governo. Nesta fase estar o Presidente da República ele próprio a intrometer-se nesse diálogo, que é normal, seria um erro, seria um ruído desnecessário, contraproducente”.
Interrogado se poderá vir a assumir um papel de mediador neste processo negocial, se as greves continuarem, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "o Presidente da República deve evitar essa posição por uma razão muito simples, porque não pode ultrapassar um determinado papel constitucional".
Marcelo diz-se ainda preocupado com as aprendizagens dos alunos comprometidas pelas greves de professores, a somar aos “dois anos letivos muito complicados”.
Greve por distritos termina a 8 de fevereiro
A greve por distritos que neste momento está a decorrer termina a 8 de fevereiro, seguindo-se a Manifestação Nacional de dia 11, sendo que a plataforma sindical já fez saber que "caso o Ministério não altere as posições que vem assumindo, professores e educadores prosseguirão a sua luta".
Ao mesmo tempo estão a decorrer outras duas greves sem data de término promovidas pelo STOP e pelo SIPE.