Desde as primeiras horas da manhã, as filas nas bilheteiras da CP não deixavam dúvidas. A greve dos maquinistas deixou muitos utilizadores sem viagem.
Algumas pessoas foram mesmo surpreendidas, como é o caso de um cliente da CP que tinha viagem para o Porto: "Tinha o bilhete já marcado há dois dias, só agora é que soube que havia greve, quando cheguei aqui. Agora vou ver se consigo apanhar outro meio de transporte".
Esta paralização dos trabalhadores da Comboios de Portugal afetou, durante a manhã, sobretudo as viagens de longo curso. As viagens dos comboios urbanos e regionais continuaram a circular com normalidade.
Hoje é o primeiro de 14 dias da greve convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Em declarações à SIC, António Domingues, do Sindicato dos Maquinistas da Ferrovia Portuguesa, enumerou os probelmas que a classe enfrenta.
"Aquilo que nos exigimos é que haja aumentos salariais consentâneos com a inflação registada em 2022. Depois, há questões que incidem sobretudo com a própria empresa, com as condições de trabalho, as instalações sociais, as cabines do material circulante que demoram a ser recuperadas", referiu o sindicalista.
A CP já tinha comunicado que o Tribunal Arbitral não declarou serviços mínimos.
As perturbações nas viagens vão continuar até dia 21 de fevereiro, dia em que termina a greve.