
A Fenprof acredita que o protesto desta tarde em Lisboa pode vir a ser um dos maiores de sempre. O S.TO.P., que tem uma greve ainda a decorrer nas escolas, não faz parte da organização mas já confirmou presença. No Expresso da Meia-Noite da SIC Notícias, na véspera desta manifestação, o deputado socialista Porfírio Silva deixou no ar uma esperança.
O socialista admite que o Governo pode ir mais longe nas negociações com os professores. “Identificámos dois problemas específicos dos professores e que se não resolvermos isso não vamos de facto resolver nada. O que queremos transformar foram respostas mais ou menos pontuais, muitos professores que vincularam [fizeram-no] em vinculações extraordinárias e é preciso encontrar um mecanismo permanente para isso", destacou.
“Agora haverá outras questões além dessas que têm também de ser resolvidas. (…) [Agora] mão concebo que um Governo comece uma negociação e só esteja disponível a fazer aquilo que propõe inicialmente. Acredito que haja do lado do Governo margem para ouvir as coisas e ver que outras coisas podem ser feitas”, afirmou Porfírio Silva.
Do painel de convidados fez parte também o dirigente do S.TO.P, André Pestana, que salientou que “nas últimas décadas temos cedido em tudo literalmente, por isso é que agora tem de ser o Governo a ceder"
“(…) A escola pública está a ser atacada e devia ser um desígnio nacional para todos os democratas, mas também o contexto do ataque à greve através ]da aplicação] de serviços mínimos que na prática estão a ser máximos. Neste contexto, apelámos a uma greve geral porque achamos que está a ser posto em causa o direito a termos uma escola digna mas também o direito à greve”, justificou o sindicalista.