O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse desconhecer a situação das dificuldades de acesso à interrupção voluntária da gravidez no fim de semana. No entanto, já admitiu esta segunda-feira que as situações estão a ser identificadas.
O ministro da Saúde disse duas vezes que desconhecia os problemas que foram retratados no fim de semana pelo Diário de Notícias e dão conta da recusa de alguns hospitais a realizar abortos a pedido da mulher, como a lei prevê.
Manuel Pizarro diz que está a ser feito o levantamento desses problemas e assegura que vão ser corrigidos.
A Iniciativa Liberal, o Bloco de esquerda, o PAN e Livre já pediram explicações do ministro no parlamento, porque há exceções que fogem à regra e que agora o Governo já reconhece e se compromete a corrigir.
Este fim de semana o Diário de Notícias (DN) noticiou que "os hospitais públicos violam lei do aborto", na sequência de uma investigação em que relata vários casos em que a lei não foi cumprida.
Em 2007, um referendo nacional veio permitir que as mulheres em Portugal passassem a poder interromper uma gravidez até às 10 semanas, num estabelecimento de saúde reconhecido e com capacidade para tal.
Antes disso, o aborto era penalizado e criminalizado.