País

Derradeiros dois dias de negociação entre professores e Ministério

É a quinta ronda negocial sobre um novo modelo de recrutamento e colocação de professores que tem levado a forte contestação nas escolas desde o final do ano passado.

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Sindicatos e Ministério da Educação retomam as negociações sobre um novo modelo de recrutamento e colocação de docentes. O Governo mostrou um recuo ao propor que todos os concursos voltem a ser anuais, mesmo os que permitem aos docentes do quadro aproximarem-se de casa e mantêm a lista graduada na colocação. Esta deverá ser a última ronda para um entendimento entre professores e e a tutela.

Todos os concursos de professores vão voltar a ser anuais, mesmo para quem já está no quadro e quer concorrer para uma escola mais próxima de casa.

Atualmente o concurso interno é de 4 em 4 anos. O Ministério da Educação chegou a sugerir 5 anos.

Mas na mais recente proposta sobre o modelo de recrutamento de professores, entregue esta terça-feira aos sindicatos, há um claro recuo e passam a ser todos anuais.

O Ministério também se aproximou dos sindicatos mantendo como critério de colocação a graduação profissional definida pelo tempo de serviço e média de formação, como os sindicatos sempre defenderam...

O Ministério avança com os conselhos locais de diretores que vão permitir a gestão e contratação de docentes, mas nos novos Quadros de Zona Pedagógica, que dividem o país, diminui distâncias passando de 10 para 63 zonas.

Estas são algumas das propostas do Ministério em cima da mesa esta quarta e sexta-feira em mais uma ronda de negociações que o ministro quer que seja a última, mas sobre a qual nada quis adiantar. Trabalhar numa solução que possa apaziguar a forte contestação nas escolas que começou no final do ano passado e que se mantêm nos dois dias de negociação.

Para além dos concursos as exigências dos sindicatos passam por um calendário negocial para discutir a recuperação do tempo de serviço ou a eliminação das quotas.

Na reunião desta quarta-feira deverá ser conhecido o parecer pedido à Procuradoria-geral da República sobre a legalidade da greve convocada pelo STOP.

Pouco confiantes na nova ronda negocial, os professores saíram de novo às ruas de todo o país para mostrarem o descontentamento.