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Padre e companheira acusados de desviar 800 mil euros de várias instituições sociais

Juntamente com uma cúmplice, com quem manteria uma relação amorosa, Arsénio Isidoro desviou centenas de milhares de euros que permitiram aos suspeitos levarem uma vida de luxo. Uma das instituições visadas teve de encerrar portas.

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Um padre de Loures foi acusado pelo Ministério Público de desviar 800 mil euros de instituições de solidariedade social. No mesmo processo, é ainda arguida uma mulher, que seria a cúmplice e com quem o sacerdote teria uma relação amorosa.

Arsénio Isidoro já teve a seu cargo duas paróquias na Grande Lisboa, esteve na direção da Casa do Gaiato e foi candidato, apoiado pelo patriarcado, à Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.

Foi o seu envolvimento com seis dessas instituições sociais que o tornaram arguido, acusado de abuso de confiança e branqueamento de capitais.

Segundo o Jornal de Notícias, que cita o despacho de acusação, Arsénio Isidoro e uma mulher, com quem mantinha uma relação amorosa, desviaram 800 mil euros de seis instituições para fazerem uma vida de luxo.

Porsche, viagens, restaurantes, roupas caras, um barco e uma vivenda

Um Porsche, viagens, restaurantes, roupas caras, um barco e uma vivenda em Peniche terão sido alguns dos bens pagos com o dinheiro que era angariado para apoiar idosos e crianças, algumas delas em risco ou com deficiência.

O Ministério Público acredita que sempre que o pároco ia assumindo a chefia das instituições, colocava a mulher como tesoureira ou administrativa.

Padre rejeita acusações

Contactado pela SIC, o padre disse estar esmagado com a acusação e rejeitou ter-se apropriado do dinheiro.

Arsénio Isidoro adiantou ainda que não pediu a saída do sacerdócio, mas está sem funções pastorais, prestando serviço numa associação de solidariedade social.

Instituição teve de encerrar

Uma das instituições visadas teve de fechar o lar de jovens e crianças e os seus funcionários ficaram sem receber salários.

A investigação deste processo começou em 2014 e esteve a cargo da unidade de combate à corrupção da PJ.