Os funcionários de um lar de idosos do Montijo dizem que os utentes passam fome e não têm cuidados de higiene. São descritos casos concretos no Lar Peninsular e que uma equipa da SIC também testemunhou.
"As batatas são pesadas pela diretora ou ordem da diretora, dois quilos de batatas para um caldeirão de 50 litros de água (…) Três, quatro sacos de batatas têm de durar para mais de 15 dias", diz um dos funcionários que não quis ser identificado.
"Se a comida dá para dar a todo o mundo, todo o mundo come. Se não dá, fica sem comer, dorme com fome."
Para além destas alegadas deficiências, juntam-se outras que vão desde a falta de higiene à saúde, passando ainda pela falta de funcionários.
A SIC falou com a diretora técnica que não quis dar uma entrevista gravada, nem permitiu a entrada da equipa de reportagem na instituição.
A diretora confirma tratar-se de um lar privado, com licença para funcionar e os 43 utentes pagam, cada um, cerca de 1.500 euros mensais.
A diretora diz não perceber o porquê das queixas, nega a existência de falta de condições e afirma que há uma semana funcionários da Segurança Social estiveram no lar e que tudo se encontrava em conformidade.
A SIC contactou também a Segurança Social de Setúbal, mas ainda não obteve resposta.