Os doentes com alto risco para doenças cardiovasculares não têm o "mau" colesterol controlado. É um dos parâmetros de prevenção mais importantes. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto analisou quase 80 mil doentes e concluiu que há falhas na prática clínica e na adesão ao tratamento.
Foram analisados processos de 78 mil doentes, com idades entre os 40 e os 80 anos, seguidos no hospital e no centro de saúde de Matosinhos ao longo de duas décadas.
Quase 40% tem um risco elevado ou muito elevado de ter uma doença cardiovascular, como enfarte ou AVC.
Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto perceberam ainda que apenas 5% dos doentes com risco alto e 10% com risco muito alto estavam a receber o tratamento recomendado.
Cerca de 20% dos doentes mais graves não faziam qualquer medicação para baixar o LDL, conhecido como mau colesterol.
O estudo, feito em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, vai dar lugar a uma campanha de sensibilização junto de médicos e utentes para que se aumente a eficácia e a adesão ao tratamento.
Além da toma correta dos medicamentos, é essencial adotar uma alimentação saudável, evitar álcool, tabaco e praticar exercício físico.
As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte em Portugal.