País

Trabalhadores dos bares da CP exigem pagamento de salários em atraso

A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo pede que a CP “assuma a gestão do serviço dos bares, assuma os postos de trabalho e pague os salários em atraso”.

Chegada de um comboio à estação da Amadora no cumprimento dos serviços mínimos.
Chegada de um comboio à estação da Amadora no cumprimento dos serviços mínimos.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Os trabalhadores dos bares da CP continuam em greve por tempo indeterminado. Sem salários há dois meses, dizem-se abandonados pela Apeadeiro 2020, empresa que tem a concessão do serviço, e pela própria CP.

Greve dura há 13 dias

Numa greve que já dura há treze dias, os trabalhadores continuam a cumprir o horário e a apresentar-se ao serviço, mas os bares não funcionam porque dizem não haver condições para trabalhar nem produtos para vender.

Agora, os cerca de 130 funcionários da empresa concessionada pedem que a CP assuma a gestão destes serviços.

Francisco Figueiredo, da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo, marcou presença no protesto que decorre em Campanhã, no Porto, e pediu também que a CP “assuma a gestão do serviço dos bares, assuma os postos de trabalho e pague os salários em atraso”.

BE pede “solução rápida”

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, também se deslocou até ao local onde os trabalhadores se manifestam e mostrou-se solidária para com a luta dos profissionais.

A deputada referiu que a CP deve pagar os salários em falta aos 130 trabalhadores que asseguram os serviços de bar nos comboios portugueses e que o BE quer ouvir no Parlamento a CP, os sindicatos e o ministro das Infraestruturas.

Catarina Martins disse que é “inaceitável” e “de uma enorme violência” que os trabalhadores dos bares estejam sem salários. Nesse sentido, pediu respostas urgentes e uma “solução rápida” para esta questão.