Apesar da inflação ter abrandado em fevereiro, o custo de vida está cada vez pior e o preço dos alimentos não para de aumentar. Com os bens essenciais cada vez mais caros, são muitas as pessoas que optam por comprar no comércio tradicional.
"Eu noto que as grandes superfícies em termos de qualidade - preço estão um bocado abaixo, principalmente nos frescos. Os frescos estão muito caros e não têm a mesma qualidade", Luís Carvalho, cliente
Vanessa Gomes e o marido têm uma banca de peixe há 23 anos no mercado Agualva-Cacém. Reparam que alguns consumidores fazem as escolhas na hora de comprar.
"Algumas já estão a optar. Por exemplo, as douradas em vez de serem as de mar, optam pelas de viveiro", referiu a peixeira.
"Legumes aumentaram muito e, aqui, é mais acessível"
Consumidores dizem que aumento dos preços são gerais, mas mesmo assim preferem o comércio tradicional, referindo que "os legumes aumentaram muito e, aqui, é mais acessível".
"Eu no supermercado é só realmente o que é de supermercado, o resto é tudo aqui", confessou uma consumidora
Apesar da inflação ter abrandado em fevereiro, e fixando-se nos 8,2%, segundo confirmou o INE, a descida não se reflete no preço dos alimentos, que voltou a aumentar e ultrapassou os 20%. São os valores mais altos dos últimos 30 anos.