O Presidente da República e o primeiro-ministro estiveram este sábado juntos na República Dominicana para participar na Cimeira Ibero-Americana e Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para esclarecer como está, afinal, a relação com António Costa.
Depois de uma semana de “guerra aberta”, uma fotografia mostra Marcelo e Costa juntos e sorridentes na República Dominicana num encontro de mais de 20 países da comunidade ibero-americana.
Ainda antes de António Costa aterrar, Marcelo já punha água na fervura
“[Relações] estão exatamente como sempre estiveram. Nós somos muito previsíveis. Eu conheço-o desde os 19 anos de idade, ele não muda e eu não mudo. Até ao fim deste percurso comum em 2026 ele não vai mudar e eu não vou mudar”, esclareceu.
Garante que está tudo como antes e responde, sem mencionar o primeiro-ministro, aqueles que acham que fala demais e que tem uma vida fácil.
“Não é fácil. Há momentos em que o primeiro-ministro só atua com cobertura do Presidente da República”.
Marcelo faz questão de vincar a interdependência entre os dois, mas, como em todas as relações, há altos e baixos.
“[O diálogo continua a funcionar?] Claro, funciona muito bem. De vez em quando tem momentos mais tensos, menos intensos. Já pensaram bem a monotonia que seria se o Presidente da República repetisse o que o primeiro-ministro quiser que ele diga”, questionou Marcelo.
É certo que não há monotonia e, mesmo que alguém ache que está a pisar o risco, Marcelo está convencido que são muitos mais os que querem que continue como sempre foi.
“Os portugueses querem que eu fale mais. Os portugueses acham que o facto do Presidente da República ser interventor é uma forma de garantia absoluta, se numa maioria relativa era importante, numa maioria absoluta tem de ser contrabalançada”, afirmou.
Das Caraíbas, os dois partem para o Luxemburgo, onde vão estar com a comunidade portuguesa e onde vão ver, juntos, o jogo da seleção nacional.