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Discriminação laboral: empresas dispensaram três grávidas e novas mães por dia em 2022

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Cerca de 1.400 grávidas ou novas mães ficaram sem contrato por falta de renovação no ano passado.

Em 2022 foram dispensadas, em média, três trabalhadoras grávidas ou mães recentes por dia. Os dados são da Comissão para a igualdade no Trabalho e do Emprego.

Cerca de 1.400 grávidas ou a amamentar ficaram sem contrato por falta de renovação em 2022. Em média foram dispensadas três trabalhadores por dia nestas condições.

O número representa um aumento de 13% em relação a 2021 e faz parte do relatório da Comissão para a Igualdade do Trabalho e do Emprego, a que o Jornal de Notícias teve acesso.

A tendência tem sido quase sempre crescente desde a pandemia.

Nestes casos, a comunicação nas empresas para a Comissão é uma exigência legal, mas a intervenção deste organismo estatal só acontece em casos de despedimento.

Em 2022 dos pareceres relativos ao despedimento de 63 trabalhadoras grávidas, mais de metade não se justifica.

As mulheres continuam a ser mais penalizadas no mercado de trabalho. O relatório da CITE refere ainda que são as mulheres que mais vínculos precários têm em Portugal. Uma das consequências mais visíveis é o adiamento da maternidade até que haja uma situação profissional mais estável.

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