O caso que envolve Boaventura de Sousa Santos mantém-se na ordem do dia. O jornal Público conversou com uma investigadora que diz ser a “estudante brasileira” mencionada no artigo de Lieselotte Viaene, Catarina Laranjeiro e Miye Nadya Tom. Aquando do sucedido, a situação terá sido denunciada ao atual diretor do CES mas, até ao momento, nunca foram conhecidas quaisquer consequências dessa exposição.
Sem se identificar, a investigadora conta que durante uma reunião de trabalho, o orientador tocou-lhe no joelho e tê-la-á convidado a “aprofundar a relação como forma de pagamento” pela orientação que lhe estava a prestar.
Ela tinha, à data, menos de 30 anos e Boaventura de Sousa Santos mais de 70, relata ao Público.
Perante a recusa, conta, o orientador adotou logo no dia seguinte uma postura de retaliação, a investigadora brasileira percebeu que “não havia como continuar”. Foi então que regressou ao Brasil, onde acabou por terminar a tese de doutoramento.
Este caso, com mais de dez anos, está presente no mesmo artigo onde são descritas várias tentativas de contacto físico e convites informais para jantar denunciados por três alunas de Boaventura de Sousa Santos.
Apesar de não revelarem nomes, a ‘teia’ relatada pelas três investigadoras (e autoras do polémico artigo) tinha como figura central o “Professor Estrela”, ou seja, Boaventura de Sousa Santos, ex-diretor do CES da Universidade de Coimbra.