Quinze pessoas morreram e 45 ficaram gravemente feridas nos 1.816 acidentes registados durante a Operação Páscoa 2023 da GNR, que levou à detenção de mais de 340 condutores por condução com uma taxa de álcool no sangue considerada crime. O major Pedro Ares, da Divisão de Trânsito da GNR, fez o balanço da operação esta manhã, em entrevista na SIC Notícias.
Pedro Ares considera que “não é fácil explicar” a diferença de números de vítimas mortais do ano passado para este ano e sublinha que “em apenas dois acidentes faleceram seis pessoas, o que também contribui para um aumento significativo desta estatística”.
O major da Divisão de Trânsito da GNR refere que houve um aumento da circulação rodoviária, que já era esperada, e que levou a uma maior presença da GNR nas estradas. O ano passado registaram-se 25 mil fiscalizações, este ano quase 60 mil.
“Houve uma aposta muito grande da GNR numa visibilidade ostensiva, numa presença ostensiva nas nossas estradas, no sentido de tentar minorar os comportamentos de risco por parte dos condutores e, obviamente, tentar diminuir esta tragédia que é a sinistralidade rodoviária”, sublinha em entrevista na SIC Notícias.
Pedro Ares alerta ainda para o aumento do consumo de álcool, o excesso de velocidade e outros comportamentos de risco na estrada que poderão contribuir para o aumento da sinistralidade rodoviária.
Operação intensificou o patrulhamento no fim de semana da Páscoa
A operação Páscoa começou a 3 de abril e terminou na terça-feira. A GNR refere que fiscalizou 58.808 condutores, tendo detetado 517 com excesso de álcool, dos quais 349 foram detidos por apresentarem uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l.
Foram detidas 208 pessoas por conduzirem sem habilitação legal durante a operação que intensificou o patrulhamento a partir do dia 6, por causa do aumento de circulação no fim de semana da Páscoa.
Nas ações desencadeadas pelos militares da GNR foram registadas 4.724 contraordenações por excesso de velocidade, 1.152 por falta de inspeção periódica, 502 por anomalias nos sistemas de iluminação e sinalização e 551 por falta ou incorreta utilização do cinto de segurança e/ou cadeirinha de transportes de crianças.
A GNR registou ainda 414 contraordenações por falta de seguro de responsabilidade civil obrigatório e 395 por utilização indevida do telemóvel durante a condução.