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Portugueses descontentes com acesso ao SNS e os tempos de espera para cirurgias, consultas e urgências

A qualidade dos serviços prestados no Serviço Nacional de Saúde baixou na perspetiva dos utentes, sendo que o valor mais baixo de sempre é atribuído à acessibilidade técnica, revela um estudo apresentado esta terça-feira.

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Os portugueses estão otimistas mas consideram que, de uma forma geral, a qualidade dos serviços do SNS baixou no último ano. As conclusões são do Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS).

Os atrasos e as listas de espera são, de acordo com um estudo apresentado esta manhã, os pontos que merecem mais críticas dos utentes.

O diretor Executivo do SNS aproveitou a ocasião para anunciar novas medidas para agilizar as baixas médicas.

De uma forma geral, os utentes até consideram positiva a evolução do Serviço Nacional de Saúde, mas chumbam o acesso e os tempos de espera para cirurgias, consultas e urgências.

Há, acima de tudo, um longo caminho a percorrer no que diz respeito à produtividade, diz o investigador Pedro Simões Coelho.

Antes ainda da apresentação dos resultados, já o diretor executivo do SNS admitia as fragilidades do sistema.

Está já em curso, diz Fernando Araújo, uma revolução silenciosa no SNS que vai, por exemplo, extinguir as Administrações Regionais de Saúde.

Há ainda uma luta sem tréguas às listas de espera, aos atrasos e à morosidade, que passa por reduzir a burocracia e simplificar os processos.

E é nesse sentido que estão já a trabalhar com a Segurança Social para implementar novas medidas:

A ideia é que também os médicos privados possam passar os certificados de incapacidade temporária.

Outra medida em preparação passa pelo alargamento dos prazos dos CIT porque, no caso de algumas patologias, não faz sentido que os doentes tenham de recorrer ao centro de saúde, mês a mês para prolongamento da baixa médica.