As autoridades classificaram uma série de ameaças nas redes sociais, que apontavam para a realização de um massacre esta quinta-feira em várias escolas do País, como “uma brincadeira de mau gosto” e revelaram já ter vários suspeitos identificados.
Muitos pais ficaram assustados e impediram os filhos de ir às aulas durante a manhã, mas a PSP garante que não se trata de uma ameaça real.
“A situação que deu origem a este alarme todo foi devidamente despistada, acompanhada e, ao que sei, não passou de uma brincadeira de mau gosto. Tal como muitas vezes os alunos, para não irem aos exames, comunicavam alertas de bomba. É uma coisa parecida”, afirmou o diretor-nacional da PSP, Magina da Silva.
O falso alarme referia, inicialmente, escolas da zona de Odivelas e de Cascais. A Polícia Judiciária está a acompanhar o caso “com toda a atenção” e alerta que estas ameaças são crime.
“Temos que olhar para estas questões com toda a atenção. Não empolar, não termos aqui uma visão de grande catástrofe ou ameaça, mas também não a desvalorizar. São vários casos, além da ameaça que está na internet. Muitas vezes são meras ameaças, mas isso também é crime. Temos gente identificada e estamos a trabalhar e a partilhar informação com os nossos parceiros”, esclareceu o diretor-nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves.
Presença junto a escolas reforçada
A PSP reforçou a presença junto das escolas, apenas “por precaução”, durante todo o dia.
Os factos foram participados ao Ministério Público e as autoridades pedem a quem tiver informações sobre os autores destas ameaças que o comuniquem à Polícia.
Ameaças em data que assinala massacre nos EUA
A data escolhida para esta “brincadeira de mau gosto” também não é inocente.
Esta quinta-feira, 20 de abril, assinala-se 24.º aniversário do massacre de Columbine.
Um ataque cometido por dois alunos da escola secundária de Columbine, nos Estados Unidos, terminou com 15 vítimas mortais, incluindo os dois atiradores, de 17 e 18 anos. Fizeram ainda mais de duas dezenas de feridos.