País

Três docentes suspensos por suspeitas de assédio no Politécnico do Porto

Até ao momento, o Instituto Politécnico do Porto recebeu 24 queixas e reclamações da comunidade académica, sendo três delas as relacionadas com estes casos de assédio.

Assédio sexual - Imagem ilustrativa.
Assédio sexual - Imagem ilustrativa.
Canva

O Instituto Politécnico do Porto (IPP) suspendeu preventivamente três docentes por suspeitas de assédio a alunos, na sequência de queixas recebidas na terça-feira, revelou a instituição de ensino superior.

"O Politécnico do Porto recebeu denúncias realizadas por estudantes que envolvem questões sobre o assédio de docentes tendo sido, em consequência, instaurados três processos disciplinares atendendo às acusações em causa", referiu o IPP, em comunicado enviado às redações.

Acrescentando que "os docentes acusados foram preventivamente suspensos de funções, tendo em vista a salvaguarda e integridade de todo o processo, bem como a salvaguarda e proteção das alegadas vítimas".

O Politécnico do Porto adiantou que, neste momento, não pode facultar mais informação sobre os processos em causa uma vez que os mesmos, nesta fase, têm a designada "natureza secreta". Os processos em causa ainda não foram comunicados ao Ministério Público (MP), mas logo que os instrutores nomeados possam ter factos indiciados, o Politécnico do Porto dará "de imediato" cumprimento à lei mediante a denúncia junto das autoridades judiciárias, vincou.

"Neste momento, o Politécnico do Porto continua a empregar todos os esforços para identificar situações que possam envolver mais casos de assédio", sublinhou.

Na informação, o IPP explicou ter um conjunto de mecanismos que estimulam e facilitam a denúncia de casos desta natureza, designadamente uma comissão específica para a prevenção do assédio, bem como, no âmbito do apoio às vítimas, acompanhamento psicológico, jurídico e social.

Implementado no seio da instituição desde 2022, o canal de denúncias, no 'site' do politécnico, protege sempre a pessoa que efetua a denúncia, podendo a mesma ser totalmente anónima ou confidencial, adiantou hoje à Lusa o IPP.

"O Politécnico do Porto está comprometido com a preservação, sob todas as formas, da privacidade das presumíveis vítimas, desde logo, para evitar situações de prejuízo pessoal", sustentou.

Até ao momento foram recebidas 24 queixas e reclamações da comunidade académica, sendo três delas as relacionadas com estes casos de assédio. A instituição ressalvou que o "assédio é inaceitável e não é tolerado de nenhuma forma".