A CGTP exige 100 euros, no mínimo, de aumento este ano. Por esse e outros motivos, levou a cabo um desfile, que partiu do Moniz Moniz, em Lisboa, até à Alameda. Para além dos pedidos de aumentos salariais e de melhores condições de trabalho, há este ano uma preocupação maior que passa pelo aumento do custo de vida.
Ainda o cortejo estava a caminho e na Alameda, já o protesto era pesado e à semelhança de todos os primeiros de maio pediram-se mais salários e melhores pensões.
As queixas de quem celebra o primeiro de maio, este ano, fazem caminho no discurso político que se acomodou como sempre na Almirante Reis à passagem do cortejo.
Pelo pouco que tantos alcançam, desfia-se uma luta que parece eterna. Quando o cortejo da CGTP chega à Alameda, o protesto caminhou para as palavras. Num ano em que a inflação é senhora e rainha exige-se o mínimo para quem trabalha.
CGTP promete novas marchas
A intersindical promete mais luta com novas marchas de protesto e avisa o Governo que "não é com medidazinhas" que se trava o empobrecimento do país.
Nesse sentido, aprovou esta segunda-feira uma resolução que defende o aumento salarial em 10% num mínimo de 100 euros, a reposição do direito de contratação coletiva e redução do horário de trabalho para 35 horas.
"A reposição do direito de contratação coletiva com a revogação da caducidade bem como das restantes normas gravosas da legislação laboral e a reintrodução plena do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador; a redução do horário para as 35 horas de trabalho semanal para todos, sem redução de salário, contra a desregulação dos horários, adaptabilidades, bancos de horas e todas as tentativas de generalizar a laboração contínua e o trabalho por turnos", lê-se na declaração aprovada no final da comemoração pela CGTP do Dia do Trabalhador.