Um terreno da Câmara Municipal de Estarreja, onde está instalado um armazém municipal, foi transformado numa espécie de aterro clandestino. O caso foi denunciado por uma vereadora, que já fez participação ao Ministério Público.
Há um pouco de tudo. A maioria são resíduos de obras. Mas há ainda camadas de entulho acumuladas ao longo de anos, além de monos domésticos e toneladas de sucata.
Marisa Macedo, a vereadora do Partido Socialista que descobriu e denunciou o caso, afirma que esta é uma situação “impensável”.
“É Impensável como a Câmara deixa que num terreno municipal aconteça uma coisa destas. Nós somos um pais do primeiro mundo. A legislação é para cumprir e há legislação nestes casos”.
Presidente da Câmara “desconhecia” o problema
Diamantino Sabina, presidente da Câmara Municipal de Estarreja, alega que “desconhecia a quantidade de lixo que estava no terreno”. Ainda assim, afirma que é preciso “retirar o lixo”, deixando claro que já deu ordens para isso.
O autarca acusa os populares de encher o terreno de resíduos.
“Se calhar as pessoas, pensando ou sabendo que o terreno é da Câmara Municipal, vão lá depositar e a Câmara que se desenrasque. Infelizmente não é assim”, atira Diamantino Sabina.
No entanto, Marisa Macedo afirma que “há várias pessoas" a dizer que a Câmara Municipal também contribuiu para acumular lixo no local.