“Imita o som e movimento de uma minhoca ou de um sapo cego”. O desafio foi lançado a alunos do 2.º ano do primeiro ciclo que realizaram a prova de aferição de Educação Artística na semana passada. Outro dos exercícios pedia às crianças que, com recurso a uma folha de papel, fizessem uma escultura em pé.
Apesar de a prova ser prática muitos docentes consideram que as questões não se adequam aos conteúdos que os alunos aprendem.
Nas redes sociais, há críticas de docentes à “insanidade” das provas de aferição, considerando que “atingiu todo o seu apogeu”. Neste sentido, há já apelos a circular para os pais avançarem com um boicote.
No podcast “Porque sim não é resposta” do jornal Observador, o psicológico Eduardo Sá analisou a questão, partindo desde logo de uma dúvida: “Como é o som de um sapo cego?”.
Questões e dúvidas à parte, recorde-se que, até à próxima quinta-feira os professores vão estar em greve contra as provas. Em causa está o trabalho de preparação, aplicação e avaliação do exame.
A paralisação foi convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.) e não houve marcação de serviços mínimos por parte do Colégio Arbitral. De fora da paralisação ficam os trabalhadores não docentes.