É preciso gastar menos, quando a primavera quente obriga a regar como se fosse verão. É por isso que as estufas tentam manter a produção com menos água.
Os depósitos vão misturando água da charca e a água do furo, mas é nos pés das plantas que se tenta poupar sem perder produção. Aproveita-se ainda o que é drenado da hidroponia para regar ao ar livre e até já se projeta uma nova charca, antevendo um futuro ainda pior.
Todavia, a exploração teme não ter água no próximo ano.
40% do país em seca severa e extrema
O Governo já declarou seca severa e extrema em 40% do território nacional. Já houve a necessidade adotar medidas europeias de apoio aos agricultores, incluindo um reforço de 180 milhões de euros aos incentivos à criação de charcas.
Mas no Algarve, onde também se planta relva para colher receitas turísticas, desespera-se por reaproveitar águas residuais tratadas.
Empresários do golfe dizem estar a gastar menos
Os cerca de 40 campos de golfe da região são responsáveis por cerca de 6% do consumo de água. A maioria recorre, tal como a agricultura, a aquíferos. Oito dessas reservas estão já sob restrições. E, nalguns casos, já se substituiu a relva à procura de poupanças.
Além dos avanços na eficiência, já três campos de golfe reutilizam águas residuais que, de outra forma, iriam parar ao mar.
O plano de eficiência hídrica da região prevê que esses efluentes cheguem, até 2026, a metade dos campos de golfe.