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Montenegro reconhece que "mão-de-obra qualificada" está a "fugir para o estrangeiro"

O líder do PSD comentou a evolução do desemprego, relacionando-a com os jovens qualificados que "fogem" para estrangeiro para terem mais e melhores oportunidades. Por isso, as empresas portugueses têm vários constrangimentos.

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O presidente do Partido Social Democrata, Luís Montenegro, fez uma visita a Leiria esta quarta-feira dedicada à indústria e ao turismo, áreas fortes do distrito, mas que têm muitos constrangimentos.

“Hoje, após uma pequena incursão em Coimbra, dedicamo-nos sobretudo ao distrito de Leiria na questão da indústria e do turismo. Leiria é um distrito altamente industrializado com uma capacidade empreendedora significativa, com boas empresa, mas que têm de lidar com muitos constrangimentos”, realçou Montenegro.

Um desses constrangimentos é a lacuna que existe na mão-de-obra que, para Luís Montenegro, não se deve à ausência qualificada em Portugal, mas a incapacidade de a reter no país.

Para o presidente do PSD, essa lacuna relaciona-se com a evolução do desemprego, apesar de isso serem “só números” para o social-democrata.

“Mais do que o país dos números, preocupa-me o país das pessoas. As empresas têm necessidade de mão-de-obra mais qualificada, existe em Portugal, mas estão a fugir para o estrangeiro, onde os jovens procuram oportunidades de emprego", explicou.

A taxa de desemprego aumentou para 7,2% no primeiro trimestre, valor superior em 0,7 pontos percentuais à do trimestre anterior e em 1,3 pontos percentuais à do trimestre homólogo de 2022, divulgou esta quarta-feira o INE.