Num ano normal, são precisos cerca de 5.300 vigilantes para todas as praias concessionadas em Portugal. Mas este ano só existem pouco mais de 4.300 profissionais credenciados no país.
São menos cerca de mil nadadores-salvadores do que seria habitual e já com mais mortos nas praias do que no ano passado.
Esta segunda-feira abre a época balnear nas praias do distrito de Faro, no Algarve. De seguida, a 1 de junho, abrem a maioria das praias no Centro e Sul do país e encerram entre agosto e setembro.
Tal como a abertura, o encerramento da época balnear também será progressivo.
Segundo o jornal Público, cinco pessoas já morreram este ano nas praias portuguesas. No ano passado tinha sido registada apenas uma vítima mortal nos primeiros quatro meses do ano.
A Autoridade Marítima Nacional fala num "problema nacional" já denunciado ao Governo e com efeitos diretos na época balnear. Isto sem contar com as várias regiões que contratam nadadores-salvadores fora da época balnear como acontece nas praias de Almada, Matosinhos, Cascais, Nazaré ou Viana do Castelo.
Quantas praias vigiadas?
A época balnear de 2023 vai integrar 589 praias de banhos, o que se entende como locais onde a “vigilância e a assistência a banhistas estão asseguradas por nadadores-salvadores”.
No entanto, segundo a portaria publicada esta sexta-feira em Diário da República, este número pode aumentar, isto se as águas balneares que não forem classificadas como praias de banho passem a ter assegurada a assistência a banhistas pela respetiva autarquia ou entidade gestora.
Este ano registam-se, no total, 658 águas balneares, mais quatro do que no ano passado.
Praias com Bandeira Azul
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai realizar durante toda a época balnear análises à água para assegurar uma maior segurança aos banhistas.
Em termos de galardões, 394 praias foram premiadas, ou seja, mais uma do que no ano passado.