As últimas camas encerradas são todas no norte do país. Em Gaia, em Lordelo e no Porto há agora menos 71 vagas nas chamadas Unidades de Longa Duração e Manutenção, que implicam internamentos superiores a 90 dias para utentes com doenças crónicas.
As instituições alegam que os 75,48 euros pagos pelo Estado ficam aquém das despesas reais.
Há casos em que as instituições privadas quebram o contrato com o Estado e as camas que até então estavam disponíveis através da comparticipação pública, passam a ser vagas privadas, pagas totalmente pelo utente. Foi o que aconteceu a 36 vagas de longa duração em Gaia.
A Instituição Foco Saúde pretende concorrer a mais camas nas unidades de cuidados continuados, mas vai optar pelas de média duração que implicam reabilitação e por isso são pagas a 95,84 euros, mais 20 euros por dia
O Plano de Recuperação e Resiliência financia 30% a fundo perdido, mas para que as 5.500 vagas venham a ser uma realidade é preciso encontrar quem queira investir os restantes 70%. Nos últimos dois anos fecharam em Portugal cerca de 290 camas em cuidados continuados.