Já foram removidas toneladas de madeira queimada da Serra da Estrela, nove meses depois daquele que foi o maior incêndio a lavrar em Portugal no ano passado. Dado como extinto a 17 de agosto, destruiu 28 mil hectares, dos quais 25 mil em área protegida. Agora, os trabalhos são de remoção da lenha queimada e de contenção dos solos.
“Temos cerca de 90% do projeto concluído. Desde estabilização das encostas, a limpeza de algumas linhas de água, temos apenas só por terminar os caminhos rurais”, explica à SIC Nuno Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia do Vale de Amoreira.
Para medidas urgentes e menos urgentes, foram disponibilizados nove milhões de euros. As autarquias lançaram os concursos, mas por agora a empreitada tem 30% de execução.
“Sabendo bem que é difícil ser mais rápido. Grande parte das empresas de madeira do País estão concentradas na Serra da Estrela”, diz Flávio Massano, presidente da câmara de Manteigas.
No Vale Glaciar do Zêzere, por exemplo, ainda pouco ou nada se fez. Vale de Amoreira, em Manteigas, Valhelhas e Famalicão, no concelho da Guarda, são para já os pontos que exibem trabalho feito.
No final de uma visita aos locais afetados pelo incêndio, acompanhada pelos deputados da comissão de Agricultura da Assembleia da República, foi pedida a reposição dos antigos viveiros de plantas. A par da regeneração natural, é preciso repor a floresta.