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Entrevista SIC Notícias

Os "jogos complicados para o país que ninguém percebe nem perdoa"

Naquela que será a última entrevista televisiva como coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins falou sobre o seu futuro e sobre o futuro do partido, mas também tocou nos temas que marcam a atualidade, nomeadamente, o polémico caso que envolve o ministro João Galamba.

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Na Edição da Noite, Catarina Martins disse que a situação que está "no centro da política" é um "caso que devia ser de polícia", sublinhando que que Governo não está a fazer nada para garantir a própria credibilidade.

A coordenadora do Bloco de Esquerda considera ainda que o país não quer eleições antecipadas, mas sim um Governo a funcionar e fala de "jogos complicados para o país, que ninguém perceber nem perdoa".

"Era bom que fizessem alguma coisa que se visse de governar", afirmou.

Sobre a possibilidade de António Costa prestar esclarecimentos na comissão de inquérito à gestão da TAP, Catarina Martins defende que é do interesse do próprio primeiro-ministro prestar esses esclarecimentos presencialmente.

E o futuro? Quanto a si própria, quando questionada sobre uma possível candidatura às eleições europeias, garante que não está a ponderar "absolutamente nada".

"É uma nova fase. São mais de 10 anos intensos na minha vida. Acho que tenho o direito de descansar", indica.

Sai do Bloco de Esquerda com sentimento de missão cumprida e com a certeza de que a próxima direção será "muito forte, muito capaz, interventiva", acrescentando que Mariana Mortágua "tem enormes capacidades para as lutas do momento".