Um grupo de professores partiu esta segunda-feira de Chaves para percorrer o país e divulgar os problemas da escola pública. A iniciativa da plataforma de nove sindicatos exige a recuperação integral dos seis anos, seis meses e 23 dias.
O ponto de partida da caravana de professores, que vai percorrer a nacional 2, tinha de começar em Chaves, no quilómetro 0, sendo que zero dizem ser o diploma sobre as assimetrias na carreira.
“É um diploma que é zero na correção das assimetrias, pelo contrário cria novas assimetrias e sobretudo é zero naquilo que os professores reivindicam, porque é seu, os 6 anos, 6 meses e 23 dias”, refere Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
Na maioria dirigentes ou delegados sindicais, há professores que farão apenas parte do caminho, mas há quem tenha vindo do Algarve para regressar a 30 de maio a Faro, num percurso de seis dias e meio, simbolicamente o tempo que querem recuperar.
“Neste momento, não temos tempo para ensinar. Estamos completamente afogados em burocracias e a questão monetária em que os vencimentos não sobem, estão estagnados, não progredimos na carreira e isso não faz sentido”, conta um professor.
Durante o percurso com mais de 700 km, que a plataforma de nove sindicatos vai fazer e que vão passar junto a escolas e procurar pelo caminho sensibilizar pais e alunos.
A plataforma já tem agendada uma greve nacional e duas grandes manifestações para 6 de junho e ponderam fazer greve às avaliações.