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Operação Tutti Frutti: Sérgio Azevedo lamenta "que existam assassinatos de caráter"

“Como cidadão tenho apenas a lamentar que existam assassinatos de caráter, que são intoleráveis num estado de direito”, afirma Sérgio Azevedo, numa publicação no Facebook.

Sérgio Azevedo
Sérgio Azevedo
O ex-deputado social-democrata, Sérgio Azevedo, reagiu às notícias que o envolvem numa investigação judicial sobre alegada troca de favores entre PS e PSD em Lisboa. classificando-as de assassínio de caráter sem direito de defesa. “Como cidadão tenho apenas a lamentar que existam assassinatos de caráter, que são intoleráveis num estado de direito”, afirma Sérgio Azevedo, numa publicação no Facebook.

Os ministros das Finanças e do Ambiente são suspeitos na chamada Operação Tutti Frutti, que investiga crimes na autarquia de Lisboa e um alegado pacto entre PS e PSD. A investigação conta com sete anos e começou com denúncias anónimas que envolviam Sérgio Azevedo, ex-vice presidente da bancada parlamentar do PSD.

Em causa estaria um alegado esquema de tráfico de influências, no qual o então deputado dava instruções a empresários amigos sobre como poderiam assinar contratos com juntas de freguesia em Lisboa.

“Nos últimos 7 anos tenho sido visado em notícias sobre o meu alegado envolvimento num processo sobre o qual nunca fui chamado a prestar qualquer esclarecimento, nem como testemunha e muito menos como arguido”, começa por escrever Sérgio Azevedo.
O ex-deputado do PSD refere também: “Estas notícias representam um prejuízo pessoal, profissional e familiar muito grave apenas superado com a presença e ajuda da minha família e de alguns amigos, aos quais estarei profundamente grato”.

A investigação inclui vários e-mails "com relevância criminal", segundo uma inspetora da PJ num relatório do processo Tutti Frutti, sublinhando a existência de "acordos políticos entre Sérgio Azevedo (do PSD), Duarte Cordeiro e Fernando Medina (do PS)" para a atribuição de avenças e a colocação de pessoas "em posições estratégias" nas eleições autárquicas de 2017.

É ainda referida a "emissão de faturas falsas e acordos com responsáveis do PS para a adjudicação de contratos públicos a empresas" assim como uma "cunha" pedida por Luís Filipe Vieira - presidente do Benfica até 2021 - para que um imóvel do filho tivesse isenção do IMI.