Os ministros das Finanças e do Ambiente são suspeitos na chamada Operação Tutti Frutti, que investiga crimes na autarquia de Lisboa e um alegado pacto entre PS e PSD. A investigação conta com sete anos e começou com denúncias anónimas que envolviam Sérgio Azevedo, ex-vice presidente da bancada parlamentar do PSD.
Em causa estaria um alegado esquema de tráfico de influências, no qual o então deputado dava instruções a empresários amigos sobre como poderiam assinar contratos com juntas de freguesia em Lisboa.
“Nos últimos 7 anos tenho sido visado em notícias sobre o meu alegado envolvimento num processo sobre o qual nunca fui chamado a prestar qualquer esclarecimento, nem como testemunha e muito menos como arguido”, começa por escrever Sérgio Azevedo.
A investigação inclui vários e-mails "com relevância criminal", segundo uma inspetora da PJ num relatório do processo Tutti Frutti, sublinhando a existência de "acordos políticos entre Sérgio Azevedo (do PSD), Duarte Cordeiro e Fernando Medina (do PS)" para a atribuição de avenças e a colocação de pessoas "em posições estratégias" nas eleições autárquicas de 2017.
É ainda referida a "emissão de faturas falsas e acordos com responsáveis do PS para a adjudicação de contratos públicos a empresas" assim como uma "cunha" pedida por Luís Filipe Vieira - presidente do Benfica até 2021 - para que um imóvel do filho tivesse isenção do IMI.