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Greve dos inspetores do SEF desmarcada

Greve dos inspetores do SEF desmarcada
TIAGO PETINGA

De acordo com os Sindicatos, a suspensão das greves vem no seguimento da promulgação dos diplomas da transição do pessoal e da criação da Agência Portuguesa para as Minorias, Migrações e Asilo.

As greves dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) previstas para os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira foram esta sexta-feira desmarcadas, revelou o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF).

"Acabámos de desconvocar e levantar os pré-avisos [de greve]", afirmou à Lusa o presidente do SIIFF, Renato Mendonça.

Para o Sindicato, com a promulgação dos diplomas relativamente à transição do pessoal e à criação da APMMA [Agência Portuguesa para as Minorias, Migrações e Asilo, entretanto renomeada para AIMA -- Agência para a Integração, Migrações e Asilo], que estabelece também o horizonte de 29 de outubro para a transição, ficam esvaziados “os fundamentos que estavam previstos no pré-aviso de greve”.

Em causa estavam as paralisações agendadas no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, entre as 05:00 e as 10:00 nos dias de 27 a 29 de maio, de 3 a 5 de junho, de 10 a 12 de junho, de 17 a 19 de junho e de 24 a 26 de junho.

Nos restantes aeroportos e postos de fronteira, nomeadamente marítimos, a greve iria decorrer nos dias 22 e 29 de maio e 05, 12, 19 e 26 de junho.

Desconvocação da greve do SEF importante para segurança e fluidez nos aeroportos

O ministro da Administração Interna (MAI) considerou esta sexta-feira que a desconvocação da greve do SEF "é importante" para a fluidez e segurança nos aeroportos nacionais e resulta de um processo "longo e árduo" que "ainda não chegou ao fim".

Em declarações escritas à Lusa, o MAI, José Luís Carneiro, defendeu que a desconvocação da greve dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) "é importante porque garante que o trânsito aeroportuário se processa com maior fluidez e conforto para os passageiros", assim como para o "controlo de segurança" nas fronteiras nacionais.

"Este foi o resultado de muito trabalho no seio do Governo, mas também de um diálogo profundo com as estruturas representativas dos trabalhadores do SEF. Este percurso longo, e árduo, ainda não chegou ao fim. Temos agora o período de transição até outubro, para que os trabalhadores do SEF e as competências desta instituição sejam integralmente assumidos por outras entidades", afirmou José Luís Carneiro.