“Atenção - o teu sugador de gasolina mata”. É com este título que começa o manifesto do movimento ambientalista ‘The Tyre Extinguishers’ ('Os exterminadores de pneus', numa tradução livre). Ocupa toda uma página, que é deixada no para-brisas dos carros - modelos SUV e 4x4 - com um ou mais pneus esvaziados.
Depois de começarem a surgir vários relatos nas redes sociais, sobretudo no Twitter e a dar conta de casos essencialmente em Lisboa, o grupo reivindicou a sua “primeira ação” em Portugal.
Contactado pela SIC Notícias, o movimento assume estar “à espera de muitas mais ações”.
“Encorajamos todos os que em Portugal estão cansados destas ‘coisas’ a ocupar as nossas estradas e a destruir o nosso clima para se juntarem a nós”, afirmou o grupo que, com as ações em território português, consegue já estar “ativo” em 18 países.
São eles o Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, República Checa, França, Espanha, Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia, Suíça, Países Baixos, Áustria, Nova Zelândia, Itália, Irlanda, Bélgica e, claro está, Portugal.
PSP alerta para “situações de risco” e assume que pode nem ser crime
A SIC Notícias questionou a PSP sobre as denúncias que circulam nas redes sociais, mas “até ao momento, não foi registada denúncia formal” e os casos descritos podem nem ser considerados crime.
“Temos contudo de ter em conta que os casos conhecidos deste tipo de ativismo em Portugal tem revestido o ato de esvaziar os pneumáticos de viaturas, sem os inutilizar ou danificar, pelo que não constitui necessariamente um crime, nomeadamente de dano”, refere a Polícia.
Ainda assim, a força de segurança alerta que “o esvaziamento dos pneumáticos poderá dar origem ou contribuir para a ocorrência de sinistros rodoviários, caso o utilizador do veículo não note o estado e inicie a marcha”.
“Apelamos a todos os cidadãos para que qualquer forma de protesto siga as normas legais em vigor e seja concretizada sem originar (ainda que potencialmente) situações de risco, para os próprios ou para outros cidadãos”, refere a mesma fonte da PSP, que deixa ainda um apelo a que qualquer cidadão que testemunhe um caso destes “alertar de imediato a esquadra da PSP mais próxima”.
